28 de maio de 2009

Parabéns, vão se foder

Eu perdi boa parte da infância querendo ser adolescente e metade da adolescência querendo ser adulto. Eu sou jovem, mas não mais tanto. Eu tenho responsabilidades agora. Não é que eu mantenha uma família, mas tenho. E acho injusto pessoas mais velhas não terem e poderem viver para sempre como menores de idades deslumbrados com sua capacidade de se passar por maiores para comprar cerveja com o dinheiro que a mãe deu.

Queria aproveitar esse texto e mandar um super beijo para todas as pessoas que podem passar a tarde dormindo ou na academia tendo qualidade de vida e, como se isso não fosse bastante, trabalham em um mês a quantidade de horas que eu trabalho em um dia e ganham cinco vezes mais. Parabéns, vão se foder.

24 de maio de 2009

Dance Anthem of the 80's

Hipoteticamente falando, se eu começasse um namoro hoje, estaríamos juntos há 20 dias no dia dos namorados. Ou seja, seria tenso. Independente de ser só uma data comercial, trocar presente é legal. Mas como o relacionamento é recente os dois iam ficar em dúvida se é ou não pra comprar algo. E, analisando o tipo de gente que eu atraio, o fucker provavelmente ia comprar um daqueles presentes que é pra você mesmo, sabe como? Aí, se eu não comprasse nada pra ele, ele poderia ficar com meu presente pra ele. Se eu comprasse, trocaríamos. Patético. Mas, ok. É uma hipótese apenas. Duvido infelizmente eu duvido muito mesmo de verdade – que vou começar um namoro hoje ou nos próximos vinte dias. Não apareceu ninguém legal no caminho. Você pode aparecer logo, não? Aí a gente podia começar a viver junto pra sempre logo. Mentira. Apareceu. Isso é bem irônico. Todo mundo que eu acho que daria certo comigo já apareceu na minha vida. Eles é que não acham o mesmo sobre mim. Então eu fico aqui, ouvindo “Dance Anthem of the 80’s”. Quem sabe antes do meu aniversário ou do Natal...

17 de maio de 2009

Acima

É preciso ser um ser humano muito irrelevante para não afetar outros. Em uma escala menor, é impossível sair de um relacionamento sem vestígios da outra pessoa. Seja uma memória feliz, um cheiro memorável, uma gíria, uma sensação qualquer. Querer reviver uma dessas coisas, por um segundo que seja, é um erro? Talvez. Mas algumas pessoas não se importam em errar. Pequena morte, grandes dúvidas.

Felicidade não é real. Paz é.