26 de fevereiro de 2011

Certeza do dia

A única certeza é a de que todos morrem. Mas ouso que dizer que todos se enganam. Há outra certeza, a de que a todos morrem sozinhos. Todo ser vivo desse mundo recebe ajudas ao longo da vida nas mais diversas tarefas, mas todos eles têm apenas a si mesmos no momento que deixam isso aqui. E não há ninguém para segurar a sua mão ou amaciar sua queda, é tudo um banho frio. E a vida toda, passada, foi só uma tentativa de mascarar isso. Namoros, estudos, casamentos, botecos, ideais, valores, filhos; tudo uma tentativa de esconder que você não é ninguém. Muitas vezes tentativas pra lá de bem sucedidas.

Existem grupos, assim como no mundo animal. Mas querido elefantezinho, querida zebra, quando o leão vier atacar, nenhum outro ser do rebanho virá ser atacado em seu lugar - nem mesmo virão apenas te defender. Na hora da histeria é cada um por si. No mundo humano também, a cultura é que finge não ser. Mas acreditem no que eu digo, no fim é cada um por si. E você não está nem um pouco preparado para o fim sozinho se acha doloroso quando um amigo esquece seu nome, quando não te ligam depois do sexo, quando te assaltam e ninguém se importa ou se sua ficha para alugar um apartamento é reprovada. Melhor começar a se preparar. Se eu pudesse passar apenas uma ideia adiante, seria essa. Prepare-se. O fim vem.

1 de fevereiro de 2011

Simples

Vai diminuindo a cidade, vai aumentando a simpatia? Quanto menor a casinha, mais sincero o bom dia? Quanto mais simplicidade, melhor o nascer do dia? Mais mole a cama em que durmo, mais duro o chão que eu piso?