16 de setembro de 2008

Eu estava no ônibus em pé

E um homem encostou a mão dele na minha. Antes mesmo de virar ele desencostou, como que se tivesse sido o reflexo de quando encostamos em um espinho ou em uma panela muito quente. Eu sei que não foi nada pessoal. Ele não me odeia ou me enoja. Ele odeia o estranho. Aquele cara estranho. Aquele cara de mochila. Aquele estranho de cabelos pretos e nariz furado. Esse estranho estranho.