12 de julho de 2009

Não há lugar como nossa casa

Com o passar do tempo, abrir uma empresa se tornou algo fácil. Atualmente, basta ter um computador e pode ser o da sua casa. O que isso quer dizer? Estruturalmente, ela não tem uma base física. E isso traz inúmeros benefícios, como diminuição de custos e a facilidade e rapidez com que os cacos serão recolhidos caso ela não dê certo. Em poucos dias tudo está pronto para começar algo novo.

O mesmo tem acontecido com o amor e os relacionamentos. Ninguém quer nada profundo hoje em dia. Afinal, em caso de falência, haverá desemprego e será muito triste derrubar o prédio da sede. Talvez seja uma tendência. Ao invés de termos casamentos duradouros e namoros cheios de cumplicidade, temos casos curtos que não levamos mais do que uma ducha para esquecer. Temos amizades segmentadas e uma lista de tópicos apropriados para cada pessoa do trabalho e de casa. Não somos nós mesmos hora nenhuma.

É muito fácil isso. Não se envolver é sinônimo de não se machucar, não se entregar e também é uma segurança de que você não está sendo passado pra trás por ninguém. Entretanto, quem tem todos não tem ninguém e nunca houve tantos casos de estresse, depressão e distúrbios alimentares no mundo. Como foi que chegamos nisso?

As vezes você não sabe que ultrapassou uma linha até que você já esteja do outro lado. A boa notícia? Faça as malas. É possível voltar.