19 de agosto de 2010

Você não quer dividir a culpa?

Gritando: Não sei como as pessoas não ficam loucas, pois pensar pode ser estressante. Por isso tanta gente é tranquila, pois são burras e não pensam e não se cansam e não pensam em suicídio. Eu não sei me articular na maior parte das vezes e fico achando que é porque preferi zerar aquele vídeo game do que ler aquele livro quando estava na segunda série e que eu devia ler ainda mais hoje em dia. Ler mais clássicos. Talvez um dicionário. Tento falar o que penso, mas meu pensamento muda todo dia. Eu quero muito viajar, viajar muito. Egito, Israel, Amsterdã, Tóquio, Londres. Mas eu tenho um desejo secreto de conhecer tudo primeiro e sozinho para, na segunda visita, saber mais sobre o lugar do que as pessoas que estão comigo. E isso é estúpido e egoísta, mas talvez eu seja mesmo esses dois adjetivos. E eu gosto de andar sozinho, e eu gosto de cachorros e eu gosto de passear com cachorro. Eu morava numa casa de subúrbio perto de um restaurante engraçado, onde faziam de cômodo um vagão de trem antigo e era lindo e sujo. Lembro de ver baratas por lá. E eu queria poder gritar, mas gosto de ficar em silêncio as vezes. Mas é que eu falo muito e, quando estou calado, acham que estou triste. Mas a regra é mais o contrário disso – se é que existe alguma regra bom humor versus quantidade de palavras por minuto. E tenho vontade de cantar em voz alta dentro de ônibus vazios, mas nunca na rua deserta, pois acho que na rua vou atrair a atenção de algum possível assaltante que estava escondido e distraído. Você não quer dividir a culpa?