Além do acasalamento, há este outro abraço, que é um enlaçamento imóvel: estamos encantados, enfeitiçados: estamos no sono, sem dormir; estamos na volúpia infantil do adormecer: é o momento das histórias contadas, o momento da voz, que vem me hipnotizar, me siderar, é o retorno à mãe.
Contudo, durante esse abraço infantil, o genital acaba irremediavelmente por surgir; ele corta a sensualidade difusa do abraço incestuoso; a lógica do desejo põe-se em marcha, o querer-possuir retorna, o adulto se justapõe à criança. Sou então dois sujeitos ao mesmo tempo: quero a maternidade e a genitalidade.
O amante poderia ser assim definido: uma criança de pau duro.
– Barthes
Contudo, durante esse abraço infantil, o genital acaba irremediavelmente por surgir; ele corta a sensualidade difusa do abraço incestuoso; a lógica do desejo põe-se em marcha, o querer-possuir retorna, o adulto se justapõe à criança. Sou então dois sujeitos ao mesmo tempo: quero a maternidade e a genitalidade.
O amante poderia ser assim definido: uma criança de pau duro.
– Barthes