29 de dezembro de 2007

O Amor é um jogo de azar

Tocado pela banda, o amor é uma mão de jogo perdida
Mais do que eu poderia agüentar, o amor é um jogo de azar
Auto-confessado e profundo até as fichas acabarem
O amor é um jogo de azar que eu desejo nunca nunca ter jogado
Sabia que você era um jogador, o amor é uma partida perdida

Apesar de ser bastante cego, o amor é um destino resignado
Apesar das probabilidades fúteis e das risadas dos deuses e dados
Memórias prejudicam a minha mente, o amor é um destino resignado
E agora a cena final: o amor é um jogo de azar
Oh, que bagunça nós fizemos

-Amy Winehouse

27 de dezembro de 2007

Fuck beauty contests

Constantemente pensamos que nossos problemas nos fazem tristes. Mas na verdade é a nossa tristeza que atrai problemas. Esperar por algo externo para acordar nossa alegria e felicidade é exatamente o que nos mantêm longe da alegria e da felicidade. Tente pensar naquilo que você está esperando para ser feliz e imagine como se sentiria se recebesse o que você quer imediatamente.

19 de novembro de 2007

Para você na aula de Semiótica Aplicada

Gabriel,
Amor é a coisa mais bonita que o ser humano pode ter. É bonito porque traz junto com ele tanta dor, exige tanto esforço e empenho, que deve ser grande o bastante para compensar o sofrimento. E é por isso que devíamos nos sentir pessoas competentes e fortes apenas por sermos capazes de sentir. É preciso coragem, meu amor, para pular de ponta numa piscina de improbabilidades - como a gente tanto faz e tanto fez. Nós, que amamos até os dentes, sofemos mais pois sentimos mais. Mas o amor recíproco, a satisfação em sentir e fazer-se amar é insubstituível. Nem todos os outros sentimentos de uma vida inteira, juntos, valem por um segundinho intenso de amor. Já que sei que você é assim e eu também, fico feliz até a ponta dos dedos por amar... você.
Lika. 25/09/07.

16 de novembro de 2007

Os Pensamentos

Porque eu me sinto tão celularmente sozinho? Porque eu me sinto fora de mim quando acordo de manhã? Como tenho coragem de me dizer espiritualizado se trato muita gente mal? Porque eu falo que estou bem quando é óbvio que não estou? Porque é tão difícil te dizer o que eu quero? Porque você não pode simplesmente ler minha mente?

Eu quero lembrar. Eu quero esquecer. Eu quero ser lembrado. Eu quero abraços sinceros. Eu quero abraços lentos. Eu quero tempo para ler. Eu quero mais música. Eu quero cantar mais alto. Eu quero menos estresse. Eu quero dormir mais. Eu quero poder reclamar. Eu quero poder querer. Eu quero abstrair. Eu quero fazer parte. Eu quero mergulhar. Eu quero observar.

Porque eu tenho medo de que quanto mais silencioso eu esteja menos você vai me ouvir? Porque eu me importo se você gosta ou não de mim? Porque eu sinto uma necessidade de não falar o que penso quanto mais perto estou de casa? Porque eu não consigo viver o momento?

Eu passei muito tempo achando que reclamar é coisa de perdedor. Talvez seja. Mas talvez eu também seja um.

14 de novembro de 2007

A ficha

caiu.

7 de outubro de 2007

30 de setembro de 2007

Bing(o).

- Chandler, vamos jogar futebol?
- Não, obrigado.
- Vamos lá, cara. Você não quer fazer nada desde que terminou com a Janice.
- Não é verdade! Eu quero usar meu moletom o dia inteiro. Eu quero comer apenas amendoins. Eu quero começar a beber de manhã! Não diga que não tenho objetivos!

24 de setembro de 2007

The clock still strikes

Por que eu memorizei datas e fatos e palavras. E salvei textos e fotos e palavras. E sempre, sempre estive naquele estado de esperar pra ver, de crer pra ver, de esperar pra ser. E não deu em nada. E eu ouvi “Rejazz” e, porra, como Regina tem razão! Eu pensei errado, o mundo não acabou. Ok, eu confesso que me senti corajoso no fim das contas, mas também confesso que passei a noite esperando um telefonema arrependido que não veio (pois eu me escondo, mas qualquer um pode me achar). O tapa nem doeu tanto quanto eu esperava. Precisei de McDonald’s e cafunés, não dormi bem e estou a um passo de fumar um cigarro, mas tenho a impressão que vai passar mais rápido do que eu imaginei que demoraria. Mas não sei se isso é bom.

22 de setembro de 2007

Poeminha

É aquele olhar bonito
Que eu não me canso de olhar
Cheiro de coisa nova
De coisa que vai começar
Embrulhando minhas estrelas
Antes da noite terminar
Abra as portas e janelas
Pra deixar o ar entrar
Você sabe o que tem que fazer
Chega de dormir sem sonhar

Sem título

Não importa onde eu esteja, com quem esteja, ele continua ali, quietinho, encolhido em um canto de algum lugar de mim. Amoado, meio que desesperado, por ser tão, mas tão grande e viver daquela forma. Encolhido, surrado, machucado.

Ele é o mesmo. Mesmo com brigas, decepções e defeitos. Às vezes ele cisma se levantar para ir embora mas, quando chega na porta, volta. Ele já tentou se aposentar, passar o serviço para outro e ir embora, mas poucos foram realmente satisfatórios na função que desenvolviam e os que chegaram a um bom nível, eram expulsos por medo de realmente tomarem seu lugar.

Hoje, exatamente hoje, cansou de apanhar e se levantou. Nesse momento está com uma mão na maçaneta da porta. Pra onde vai? Não sei! Ainda não me falou. Se vai mesmo também não sei.

20 de setembro de 2007

Animais

Agora que estou só eu sinto a solidão de toda esquina de avenida na qual eu vendi o meu amor. Todos os momentos de humildade que se transformaram em humilhação. E eu fico achando que estou mesmo é à espera de um eclipse solar. Mas é que sempre que eu acordo com o copo metade vazio eu o preencho com lágrimas.

Ele é minha pomba escondida na escuridão e eu não posso quebrá-lo como uma camada de diamante, não posso furtá-lo como um assaltante, mas também não posso virar uma memória pornográfica com marcas de choro e de tabaco.

É um pequeno desastre, do tamanho da era glacial. Não sei se dinossauros assim teriam sobrevivido (ou índios ou borboletas). Eu evitava que tivesse contato com meu espírito com medo dele ser tão frágil quanto uma folha de outono queimando como papel.

Eu sempre soube que passaria muito tempo sozinho. Ninguém ia me entender, mas talvez eu devesse ir e morar junto aos animais. Passar todo o meu tempo ao lado deles. E os únicos caminhos me levariam ao mar.

Eu sou apenas uma folha de outono, algo simples e vergonhoso assim. É assim que meu coração se descreve ao lado do passeio: um perfumado restaurante vazio cheio de balões. E eu sento e entretenho todas as bizarras fantasmagorias da minha alma.

O nome dele ainda permanece e entorpece minha língua. Talvez seja só a vontade de um novo destino. Um que, mesmo miserável, seja meu. Ele me lembrava alguém de algum filme antiguinho, desses que há sempre uma moça calada e desesperada por amor.
Um dia em breve meu irmão vai morrer e me fazer lembrar de todo o tempo subordinado que eu neguei. E talvez eu tenha mentido quando disse que estava bem, estava apenas me adequando, seguindo o cotidiano. É como uma música infantil que você decora e não presta mais atenção na letra.