22 de setembro de 2007

Sem título

Não importa onde eu esteja, com quem esteja, ele continua ali, quietinho, encolhido em um canto de algum lugar de mim. Amoado, meio que desesperado, por ser tão, mas tão grande e viver daquela forma. Encolhido, surrado, machucado.

Ele é o mesmo. Mesmo com brigas, decepções e defeitos. Às vezes ele cisma se levantar para ir embora mas, quando chega na porta, volta. Ele já tentou se aposentar, passar o serviço para outro e ir embora, mas poucos foram realmente satisfatórios na função que desenvolviam e os que chegaram a um bom nível, eram expulsos por medo de realmente tomarem seu lugar.

Hoje, exatamente hoje, cansou de apanhar e se levantou. Nesse momento está com uma mão na maçaneta da porta. Pra onde vai? Não sei! Ainda não me falou. Se vai mesmo também não sei.