27 de julho de 2008

Such a good boy

Não dá pra morrer na praia. Se eu sofri em relacionamentos é bom que eu aprendo para o próximo, para tudo dar certo quando eu achar aquela pessoa especial. Mas e quando você pensa que achou e não achou? Eu sinto como que se ninguém tivesse nunca se apaixonado por mim. É que eu já me apaixonei, sabe? E não foi uma vez só. E dói bastante pensar sobre isso, na falta de reciprocidade. O que há de errado comigo pra que ninguém realmente me queira? Não pode ser uma coincidência do universo que todas as pessoas com que eu estive, ou tenha tido desejo de estar, tenham me deixado por causa de uma outra pessoa. Há algo aí, pra eu descobrir e melhorar. Mas eu não consigo ver. Eu nunca fui o preferido de ninguém, a única escolha e talvez nem a primeira. É um dilema complicadíssimo que me desanima. Eu não tenho energias pra formular um pensamento linear sobre os fatos. Não consigo internalizar as máximas que me cercam; como “no fim, tudo dá certo” e “assim que você parar de procurar um amor ele aparece”, e aí me sinto impotente dentro da minha própria cabeça. Todo dia eu deito na cama no mesmo horário e cada dia eu demoro um pouquinho mais pra dormir. Uns dias é porque estou dolorosamente segurando um choro. Outros dias é porque não consigo parar de chorar. Acho que ninguém sabe o que eu estou sentindo.