Não quero que você me reconheça pela minha beleza. Ela é relativa e, assim, de acordo com os conceitos de muitos e de acordo com os meus, não sou belo. Aliás, sou. Pois aprendi na porrada que belo não é algo esteticamente simétrico, é algo que mexe com você, que emociona – para o bem ou para o mal. Assim, uma pintura pode ser tão bela quanto o bizarro e o grotesco. Acontece que cada coisa mexe com outra coisa na gente. Então prefiro acreditar que, pelo menos belo, eu sou. Mas não era esse o assunto. O negócio é que não dá pra usar suas idéias do lado de fora e você acaba sendo julgado pela sua aparência. Bom, é isso que dizem. Mas é uma merda de um papo furado isso. As estampas das suas blusas dizem sobre você e seu corte de cabelo também. É fácil fingir ser algo que não é, admito. Mas é fácil em igual quantidade mostrar quem você é. O problema é o de ser mal interpretado. Daí o que fazer? Se incognitar. Essa palavra não existe, mas vou explicá-la com um exemplo: a mutilação que é uma pessoa que raspa os cabelos, pois não quer ser reconhecida por eles ou pelo que eles significam em lugar nenhum.
Sem contar que é mais prático também.
Sem contar que é mais prático também.