Por ouvir minhas dúvidas de forma tão seletiva, por deixar os outros decidirem o que penso de mim, por deixar meu amor próprio ser tão vergonhosamente condicional, por me negar para que pudéssemos ser compatíveis, por tentar colocar um retângulo num círculo, por colocar em mim a culpa da infelicidade alheia, por ignorar os sinais de que eu não estava pronto, por querer estar onde você queria que eu estivesse, por me dissociar do meu corpo, por ignorar minhas vozes mais altas. Para quem devo minhas maiores desculpas? A mim. Ninguém é mais cruel comigo do que eu mesmo. E quando penso em qual crime é maior – esquecer de mim ou esquecer de você – vejo que, entre sabedoria e atraso, teria naturalmente adorado a primeira opção.