Sabe aquelas músicas tristes sobre fim de relacionamentos e também aquelas melancólicas sobre um namoro que está acabando? Não ouço mais. Eu pulo.
22 de dezembro de 2009
9 de novembro de 2009
Você está pronto?
Independente de ter alguém do seu lado, você já se perguntou se está preparado para o amor? Saiba, de antemão, que uma coisa não está relacionada a outra. Casais casados há 50 anos podem não estar. Amantes recentes podem estar. É tudo uma questão de... de quê?
Ninguém sabe ao certo. Chega uma hora que algo dentro de você estala e você simplesmente sabe. Muitas vezes você ama a pessoa, mas não está pronto para isso e, sem querer, é capaz de sabotar tudo. Quem já teve o coração partido sabe como a falta de explicação de um fim dói bem mais do que o fim em si. Pois todos os fins que fogem do nosso controle colocam na nossa cabeça dúvidas sobre a gente mesmo e nosso lugar no mundo.
Eu não acredito que qualquer simpatia é amor à primeira vista, mas estar junto há muito tempo não é sinônimo de se dar bem. Amor é uma coisa delicada e repetitiva e, de forma nenhuma, deve ser desculpa para testar o outro, apenas testar a si mesmo. Amor de verdade não suporta jogos e labirintos mentais.
Dizem que sexo é o máximo de intimidade possível. Bobagem. Estar pelado do lado de alguém ou dentro de alguém não é nada. Respeitar o caráter, os valores e os traumas do outro, isso sim é intimidade. Amor e intimidade estão interligados em pequenos atos. Em saber que, quando o outro pede duas colheres de açúcar está na verdade pedindo três, como diz a música.
A pessoa amada é quem está na sua mente quando você ouve as músicas alegres antes de dormir, quando lê um texto bonito, é com quem você se preocupa quando Vê que um temporal está sendo armado no céu. Como li outro dia, estar acompanhando é um trabalho árduo, mas disfarçado de aconchego.
Ninguém sabe ao certo. Chega uma hora que algo dentro de você estala e você simplesmente sabe. Muitas vezes você ama a pessoa, mas não está pronto para isso e, sem querer, é capaz de sabotar tudo. Quem já teve o coração partido sabe como a falta de explicação de um fim dói bem mais do que o fim em si. Pois todos os fins que fogem do nosso controle colocam na nossa cabeça dúvidas sobre a gente mesmo e nosso lugar no mundo.
Eu não acredito que qualquer simpatia é amor à primeira vista, mas estar junto há muito tempo não é sinônimo de se dar bem. Amor é uma coisa delicada e repetitiva e, de forma nenhuma, deve ser desculpa para testar o outro, apenas testar a si mesmo. Amor de verdade não suporta jogos e labirintos mentais.
Dizem que sexo é o máximo de intimidade possível. Bobagem. Estar pelado do lado de alguém ou dentro de alguém não é nada. Respeitar o caráter, os valores e os traumas do outro, isso sim é intimidade. Amor e intimidade estão interligados em pequenos atos. Em saber que, quando o outro pede duas colheres de açúcar está na verdade pedindo três, como diz a música.
A pessoa amada é quem está na sua mente quando você ouve as músicas alegres antes de dormir, quando lê um texto bonito, é com quem você se preocupa quando Vê que um temporal está sendo armado no céu. Como li outro dia, estar acompanhando é um trabalho árduo, mas disfarçado de aconchego.
8 de novembro de 2009
Passou
Passou aquela charmosa fase em que você não sabe direito nada sobre você mesmo. Aquela em que você se identifica com as personagens perdidas dos filmes europeus. Agora não é mais assim. Eu sei muito bem o que eu quero a partir de agora. E, para o bem ou não, alguns comportamentos, cenários e pessoas vão ter que pular fora da minha vida pra eu chegar lá. Sorry, guys.
18 de outubro de 2009
Love
Aí eu fiquei pensando aqui para ver se descobria o que eu mais gostava em você. Pensei: "Eu gosto do olhar dele. Olhar que é mais significativo do que palavras de vez em quando. É isso que eu mais gosto". Mas aí eu pensei: "Mas a boca dele é maravilhosa, me beija tão doce e fala tão bonito. Pronto, é isso que eu mais gosto".
"Mas tem também o abraço dele que é o melhor do mundo. Eu poderia ficar abraçando o tempo todo. Entao é o abraço". "Mas também o sorriso, que é tão bonito e dá votnade de sorrir junto, de pegar no colo, fazer carinho. É o sorriso".
Aí eu fiquei um bom tempo pensando e cheguei a conclusão que não posso falar o que eu mais gosto em você, mas eu posso dizer que é de você que eu mais gosto.
Eu acho que te amo.
E quem ama, ama incondicionalmente e liberta para a vida e a felicidade. Não limita, não humilha, não subjulga e não reprime.
"Mas tem também o abraço dele que é o melhor do mundo. Eu poderia ficar abraçando o tempo todo. Entao é o abraço". "Mas também o sorriso, que é tão bonito e dá votnade de sorrir junto, de pegar no colo, fazer carinho. É o sorriso".
Aí eu fiquei um bom tempo pensando e cheguei a conclusão que não posso falar o que eu mais gosto em você, mas eu posso dizer que é de você que eu mais gosto.
Eu acho que te amo.
E quem ama, ama incondicionalmente e liberta para a vida e a felicidade. Não limita, não humilha, não subjulga e não reprime.
16 de outubro de 2009
O geralmente do julgamento
Ficamos obcecados fazendo tudo para que os outros não nos julguem, mas nossos esforços de nada adiantam. De qualquer maneira, as pessoas terão suas próprias opiniões e temos que permitir que isso aconteça mesmo.
Duas coisas podem estar acontecendo: ou há alguma verdade no que você está ouvindo, ou as pessoas estão falando sobre si mesmas.
E geralmente trata-se de ambas.
Duas coisas podem estar acontecendo: ou há alguma verdade no que você está ouvindo, ou as pessoas estão falando sobre si mesmas.
E geralmente trata-se de ambas.
5 de outubro de 2009
28 de setembro de 2009
Vezes dois
Pior que uma dor forte é não ter em quem colocar a culpa por ela. Mas culpar alguém também não faz a dor passar...
19 de setembro de 2009
10 de setembro de 2009
"A eternidade, esse invisível que olhamos"*
Não se trata, nem de longe, de um trovador misterioso. É alguém bem conhecido dos meus olhos, apesar de que meu cérebro o desconheça no que cabe a princípios. Mas não é pecado isso. Poucos conseguem trazer algum de seus valores de dentro de sua mente para o mundo real o tempo todo. Não tem como colocar todos eles na estampa de sua camisa, afinal. E, mesmo que houvesse, ia ser uma camisa feia pra burro.
Mas há algo ali que sinaliza: “pode apostar nisso aqui, não vai te decepcionar”. Sem contar essa aparência, cuja descrição ocuparia páginas de um livro e que vou resumir de forma injusta com apenas duas palavras: macia e perfumada. Ou melhor, “macia e perfumada” são adjetivos mais cabíveis à sua existência. Quando se trata de sua aparência, talvez sejam “precisa” e “quente” as palavras que procuro.
Mas há algo ali que sinaliza: “pode apostar nisso aqui, não vai te decepcionar”. Sem contar essa aparência, cuja descrição ocuparia páginas de um livro e que vou resumir de forma injusta com apenas duas palavras: macia e perfumada. Ou melhor, “macia e perfumada” são adjetivos mais cabíveis à sua existência. Quando se trata de sua aparência, talvez sejam “precisa” e “quente” as palavras que procuro.
* Frase de Muriel Barbery
8 de setembro de 2009
Entendendo a vida aos cinco
"Quando eu tinha cinco anos, meu avô me disse que a felicidade era a chave da vida. Quando eu fui para a escola, me perguntaram o que eu queria ser quando eu crescesse. Eu escrevi 'feliz' e me disseram que eu não havia entendido a tarefa. E eu disse que eles é que não entendiam a vida."
21 de agosto de 2009
Água com açúcar e veneno
Eu entendo como é se sentir o menor que é humanamente possível. E como isso pode doer em lugares que você nem sabia que existiam dentro de você. E não importa quantos cortes de cabelo você faça, ou academias que se afilie ou quantas taças de champanhe você bebe com suas amigas... Você ainda vai para a cama toda noite repassando cada detalhe e se perguntando o que fez de errado ou como pôde ter sido mal interpretado. E como, no inferno desse momento passageiro, você achou que podia ser feliz. E as vezes você consegue se convencer que ele viu a luz e que vai aparecer na sua porta.
E depois de tudo isso, não importa quanto tempo faz, você vai para um lugar novo. E você conhece pessoas que vão te fazer sentir especial de novo. E seus pequenos pedaços finalmente voltam. E todas aquelas coisas esfumaçadas, aqueles anos da sua vida que você desperdiçou, vão eventualmente desaparecer.
E depois de tudo isso, não importa quanto tempo faz, você vai para um lugar novo. E você conhece pessoas que vão te fazer sentir especial de novo. E seus pequenos pedaços finalmente voltam. E todas aquelas coisas esfumaçadas, aqueles anos da sua vida que você desperdiçou, vão eventualmente desaparecer.
- Nancy Meyers
12 de agosto de 2009
Carta para alguém bem próximo
Querido Alguém,
Houve um período de tempo em que eu estava com tanta raiva que não podia nem citar seu nome. E me matava pensar em como você descartou o tempo que tivemos juntos, mas eu sempre soube que tínhamos gostos diferentes em relação às coisas e que não ficaríamos juntos para sempre. Mas, enquanto durou, foi hilário. E agora eu nem faço careta quando você é mencionado.
Houve um período de tempo em que eu estava com tanta raiva que não podia nem citar seu nome. E me matava pensar em como você descartou o tempo que tivemos juntos, mas eu sempre soube que tínhamos gostos diferentes em relação às coisas e que não ficaríamos juntos para sempre. Mas, enquanto durou, foi hilário. E agora eu nem faço careta quando você é mencionado.
27 de julho de 2009
É sobre o que já existe também
Depois de uma semana doente, me ocorreu um pensamento. No dia que você tem dor de dente, de barriga, de cabeça, sua vida não parecia duzentas vezes melhor no dia anterior? Por que você não achava que sua vida estava ótima ontem?
Todo mundo sabe – mesmo que nunca tenha parado para pensar no assunto – que uma coisa que liga todos os seres humanos é o desejo. Desejos de ter e ser e estar. E o problema é controlá-los. Quando você está mal, deseja estar bem. Mas quando está bem, precisa continuar desejando estar bem. Se não você volta a ficar ruim.
E é sobre isso a vida, eu acho. Muito é sobre traçar objetivos e planejar conquistas. Mas muito mais é sobre valorizar as coisas boas que você já tem. Afinal, como você vai saber se outra coisa é mesmo melhor se não tiver vivido algo diferente antes? Se você não consegue achar um meio de ser feliz com o que tem, talvez ter mais não seja suficiente.
Todo mundo sabe – mesmo que nunca tenha parado para pensar no assunto – que uma coisa que liga todos os seres humanos é o desejo. Desejos de ter e ser e estar. E o problema é controlá-los. Quando você está mal, deseja estar bem. Mas quando está bem, precisa continuar desejando estar bem. Se não você volta a ficar ruim.
E é sobre isso a vida, eu acho. Muito é sobre traçar objetivos e planejar conquistas. Mas muito mais é sobre valorizar as coisas boas que você já tem. Afinal, como você vai saber se outra coisa é mesmo melhor se não tiver vivido algo diferente antes? Se você não consegue achar um meio de ser feliz com o que tem, talvez ter mais não seja suficiente.
12 de julho de 2009
Não há lugar como nossa casa
Com o passar do tempo, abrir uma empresa se tornou algo fácil. Atualmente, basta ter um computador e pode ser o da sua casa. O que isso quer dizer? Estruturalmente, ela não tem uma base física. E isso traz inúmeros benefícios, como diminuição de custos e a facilidade e rapidez com que os cacos serão recolhidos caso ela não dê certo. Em poucos dias tudo está pronto para começar algo novo.
O mesmo tem acontecido com o amor e os relacionamentos. Ninguém quer nada profundo hoje em dia. Afinal, em caso de falência, haverá desemprego e será muito triste derrubar o prédio da sede. Talvez seja uma tendência. Ao invés de termos casamentos duradouros e namoros cheios de cumplicidade, temos casos curtos que não levamos mais do que uma ducha para esquecer. Temos amizades segmentadas e uma lista de tópicos apropriados para cada pessoa do trabalho e de casa. Não somos nós mesmos hora nenhuma.
É muito fácil isso. Não se envolver é sinônimo de não se machucar, não se entregar e também é uma segurança de que você não está sendo passado pra trás por ninguém. Entretanto, quem tem todos não tem ninguém e nunca houve tantos casos de estresse, depressão e distúrbios alimentares no mundo. Como foi que chegamos nisso?
As vezes você não sabe que ultrapassou uma linha até que você já esteja do outro lado. A boa notícia? Faça as malas. É possível voltar.
O mesmo tem acontecido com o amor e os relacionamentos. Ninguém quer nada profundo hoje em dia. Afinal, em caso de falência, haverá desemprego e será muito triste derrubar o prédio da sede. Talvez seja uma tendência. Ao invés de termos casamentos duradouros e namoros cheios de cumplicidade, temos casos curtos que não levamos mais do que uma ducha para esquecer. Temos amizades segmentadas e uma lista de tópicos apropriados para cada pessoa do trabalho e de casa. Não somos nós mesmos hora nenhuma.
É muito fácil isso. Não se envolver é sinônimo de não se machucar, não se entregar e também é uma segurança de que você não está sendo passado pra trás por ninguém. Entretanto, quem tem todos não tem ninguém e nunca houve tantos casos de estresse, depressão e distúrbios alimentares no mundo. Como foi que chegamos nisso?
As vezes você não sabe que ultrapassou uma linha até que você já esteja do outro lado. A boa notícia? Faça as malas. É possível voltar.
29 de junho de 2009
De novo
Nenhuma mudança é pior do que a não-mudança. É incrível. Chega a ser incrível o sem número de vezes que eu estive nessa situação e minha falta de prática com uma situação assim, tão familiar. Não tô sabendo lidar com isso. Vocês tão percebendo? Eu tô ficando meio triste. E mesmo quando eu estou feliz eu choro por coisas que falo para os outros fazerem sem chorar.
12 de junho de 2009
Minha educação não-sentimental
Eis uma história típica do Dia dos Namorados. Prepare-se.
Uma jornalista inglesa veio para Nova York. Era atraente e espirituosa, e logo se viu envolvida com um dos mais cobiçados solteirões nova-iorquinos. Tim, 42 anos, era um banqueiro de investimentos que ganhava mais ou menos uns 5 milhões de dólares por ano. Durante duas semanas eles se beijaram, andaram de mãos dadas – e então, em um dia morno de outono, ele a levou até a casa que estava construindo nos Hamptons. Eles olharam a planta com o arquiteto.
– Eu queria dizer ao arquiteto para fechar os espaços entre as grades do segundo andar, para as crianças não caírem entre elas – disse a jornalista. – Esperava que Tim fosse me pedir em casamento.
Na noite de domingo, Tim deixou-a no apartamento dela e lembrou-a de que tinham planejado jantar juntos na terça-feira. Na terça, ele ligou e disse que tinha acontecido um imprevisto e ia precisar marcar para outro dia. Depois de duas semanas sem ter notícias dele, ela ligou e lhe disse: “Você está demorando muito para marcar outro dia.” Ele prometeu telefonar para ela na semana seguinte. Mas é claro que ele nunca mais ligou. O que me interessou, porém, foi que ela não conseguia entender o que tinha acontecido. Ela explicou que, na Inglaterra, encontrar-se com o arquiteto teria significado um compromisso. Então entendi, é claro! Ela é de Londres. Ninguém a alertou sobre o Fim do Amor em Manhattan. Mas ela vai aprender.
Bem-vinda à Era da Falta de Inocência. As luzes cintilantes de Manhattan que serviram de cenário para os encontros emocionantes de Edith Wharton ainda brilham – mas o palco está vazio. Ninguém toma café em frente à vitrine da Tiffany’s e ninguém tem casos memoráveis – em vez disso, precisamos tomar café às 7 horas e temos casos que tentamos esquecer o mais rápido possível. Como foi que conseguimos nos enrolar assim?
Truman Capote compreendia nosso dilema atual – o dilema amor versus dinheiro – até bem demais. Em "Bonequinha de Luxo", Holly Golightly e Paul Varjak defrontavam-se com restrições: ele dependia de alguém financeiramente e ela também, mas no fim superaram os obstáculos e optaram pelo amor, não pelo dinheiro. Isso não acontece muito em Manhattan hoje em dia. A autoproteção e a barganha vêm acima de qualquer outra coisa. O cupido tomou chá de sumiço.
Quando foi a última vez que você ouviu alguém dizer: “Eu te amo!” sem depois completar com o inevitável (embora não dito) “como amiga”? Quando foi a última vez que viu duas pessoas entreolhando-se com ardor sem pensar “Me engana que eu gosto...”? Quando foi a última vez que ouviu alguém anunciar: “Estou loucamente apaixonado”, sem pensar: “Espera só até a manhã de segunda-feira...”?
Ainda se transa muito em Manhattan, mas só se transa para ter amigos e fechar contratos, não para se ter um romance. Hoje em dia, todos têm amigos e colegas; ninguém tem namorados para valer – mesmo se tiverem dormido juntos.
Voltando à história da jornalista inglesa: depois de seis meses, mais alguns “relacionamentos” e um breve caso com um homem que costumava ligar para ela de fora da cidade para lhe dizer que ia telefonar quando voltasse (e nunca ligava), finalmente caiu a ficha. “Ninguém quer se comprometer nos relacionamentos em Nova York”, disse ela. “Mas como é que a gente consegue se comprometer, se quiser?”
Querida, a gente simplesmente sai da cidade.
Uma jornalista inglesa veio para Nova York. Era atraente e espirituosa, e logo se viu envolvida com um dos mais cobiçados solteirões nova-iorquinos. Tim, 42 anos, era um banqueiro de investimentos que ganhava mais ou menos uns 5 milhões de dólares por ano. Durante duas semanas eles se beijaram, andaram de mãos dadas – e então, em um dia morno de outono, ele a levou até a casa que estava construindo nos Hamptons. Eles olharam a planta com o arquiteto.
– Eu queria dizer ao arquiteto para fechar os espaços entre as grades do segundo andar, para as crianças não caírem entre elas – disse a jornalista. – Esperava que Tim fosse me pedir em casamento.
Na noite de domingo, Tim deixou-a no apartamento dela e lembrou-a de que tinham planejado jantar juntos na terça-feira. Na terça, ele ligou e disse que tinha acontecido um imprevisto e ia precisar marcar para outro dia. Depois de duas semanas sem ter notícias dele, ela ligou e lhe disse: “Você está demorando muito para marcar outro dia.” Ele prometeu telefonar para ela na semana seguinte. Mas é claro que ele nunca mais ligou. O que me interessou, porém, foi que ela não conseguia entender o que tinha acontecido. Ela explicou que, na Inglaterra, encontrar-se com o arquiteto teria significado um compromisso. Então entendi, é claro! Ela é de Londres. Ninguém a alertou sobre o Fim do Amor em Manhattan. Mas ela vai aprender.
Bem-vinda à Era da Falta de Inocência. As luzes cintilantes de Manhattan que serviram de cenário para os encontros emocionantes de Edith Wharton ainda brilham – mas o palco está vazio. Ninguém toma café em frente à vitrine da Tiffany’s e ninguém tem casos memoráveis – em vez disso, precisamos tomar café às 7 horas e temos casos que tentamos esquecer o mais rápido possível. Como foi que conseguimos nos enrolar assim?
Truman Capote compreendia nosso dilema atual – o dilema amor versus dinheiro – até bem demais. Em "Bonequinha de Luxo", Holly Golightly e Paul Varjak defrontavam-se com restrições: ele dependia de alguém financeiramente e ela também, mas no fim superaram os obstáculos e optaram pelo amor, não pelo dinheiro. Isso não acontece muito em Manhattan hoje em dia. A autoproteção e a barganha vêm acima de qualquer outra coisa. O cupido tomou chá de sumiço.
Quando foi a última vez que você ouviu alguém dizer: “Eu te amo!” sem depois completar com o inevitável (embora não dito) “como amiga”? Quando foi a última vez que viu duas pessoas entreolhando-se com ardor sem pensar “Me engana que eu gosto...”? Quando foi a última vez que ouviu alguém anunciar: “Estou loucamente apaixonado”, sem pensar: “Espera só até a manhã de segunda-feira...”?
Ainda se transa muito em Manhattan, mas só se transa para ter amigos e fechar contratos, não para se ter um romance. Hoje em dia, todos têm amigos e colegas; ninguém tem namorados para valer – mesmo se tiverem dormido juntos.
Voltando à história da jornalista inglesa: depois de seis meses, mais alguns “relacionamentos” e um breve caso com um homem que costumava ligar para ela de fora da cidade para lhe dizer que ia telefonar quando voltasse (e nunca ligava), finalmente caiu a ficha. “Ninguém quer se comprometer nos relacionamentos em Nova York”, disse ela. “Mas como é que a gente consegue se comprometer, se quiser?”
Querida, a gente simplesmente sai da cidade.
- Candace Bushnell
28 de maio de 2009
Parabéns, vão se foder
Eu perdi boa parte da infância querendo ser adolescente e metade da adolescência querendo ser adulto. Eu sou jovem, mas não mais tanto. Eu tenho responsabilidades agora. Não é que eu mantenha uma família, mas tenho. E acho injusto pessoas mais velhas não terem e poderem viver para sempre como menores de idades deslumbrados com sua capacidade de se passar por maiores para comprar cerveja com o dinheiro que a mãe deu.
Queria aproveitar esse texto e mandar um super beijo para todas as pessoas que podem passar a tarde dormindo ou na academia tendo qualidade de vida e, como se isso não fosse bastante, trabalham em um mês a quantidade de horas que eu trabalho em um dia e ganham cinco vezes mais. Parabéns, vão se foder.
Queria aproveitar esse texto e mandar um super beijo para todas as pessoas que podem passar a tarde dormindo ou na academia tendo qualidade de vida e, como se isso não fosse bastante, trabalham em um mês a quantidade de horas que eu trabalho em um dia e ganham cinco vezes mais. Parabéns, vão se foder.
24 de maio de 2009
Dance Anthem of the 80's
Hipoteticamente falando, se eu começasse um namoro hoje, estaríamos juntos há 20 dias no dia dos namorados. Ou seja, seria tenso. Independente de ser só uma data comercial, trocar presente é legal. Mas como o relacionamento é recente os dois iam ficar em dúvida se é ou não pra comprar algo. E, analisando o tipo de gente que eu atraio, o fucker provavelmente ia comprar um daqueles presentes que é pra você mesmo, sabe como? Aí, se eu não comprasse nada pra ele, ele poderia ficar com meu presente pra ele. Se eu comprasse, trocaríamos. Patético. Mas, ok. É uma hipótese apenas. Duvido – infelizmente eu duvido muito mesmo de verdade – que vou começar um namoro hoje ou nos próximos vinte dias. Não apareceu ninguém legal no caminho. Você pode aparecer logo, não? Aí a gente podia começar a viver junto pra sempre logo. Mentira. Apareceu. Isso é bem irônico. Todo mundo que eu acho que daria certo comigo já apareceu na minha vida. Eles é que não acham o mesmo sobre mim. Então eu fico aqui, ouvindo “Dance Anthem of the 80’s”. Quem sabe antes do meu aniversário ou do Natal...
17 de maio de 2009
Acima
É preciso ser um ser humano muito irrelevante para não afetar outros. Em uma escala menor, é impossível sair de um relacionamento sem vestígios da outra pessoa. Seja uma memória feliz, um cheiro memorável, uma gíria, uma sensação qualquer. Querer reviver uma dessas coisas, por um segundo que seja, é um erro? Talvez. Mas algumas pessoas não se importam em errar. Pequena morte, grandes dúvidas.
Felicidade não é real. Paz é.
Felicidade não é real. Paz é.
28 de abril de 2009
Aqui mesmo
Um ladrão de bancos leva um tiro e morre. Quando acorda ele se encontra num lugar onde pode ter tudo que deseja – lindas mulheres, carros velozes, mansões com piscinas enormes, tudo que ele poderia querer. Depois de alguns dias, ele se sente entediado.
Ele diz ao gerente do estabelecimento: “Preciso fazer alguma coisa emocionante!”
O gerente diz: “Tudo bem, o que você gostaria de fazer?”
“Quero assaltar um banco!”
“Pode deixar, vou preparar tudo; você só precisa me dizer quando e onde.”
O homem diz: “Não, não, você não entende. Não quero a sua ajuda. Quero ação. Quero riscos!”
O gerente diz a ele: “Aqui as coisas não funcionam assim. Aqui, você pode roubar um banco e os caixas simplesmente entregarão o dinheiro a você. Eles não chamam a polícia, nem nada. Tudo sem ansiedade e sem preocupação.”
O homem começa a reclamar. “Ah, que chato. Não quero ficar no céu,” ele diz. “Quero ir para o inferno!”
Ao que o gerente responde: “Onde você pensa que está?”
Ele diz ao gerente do estabelecimento: “Preciso fazer alguma coisa emocionante!”
O gerente diz: “Tudo bem, o que você gostaria de fazer?”
“Quero assaltar um banco!”
“Pode deixar, vou preparar tudo; você só precisa me dizer quando e onde.”
O homem diz: “Não, não, você não entende. Não quero a sua ajuda. Quero ação. Quero riscos!”
O gerente diz a ele: “Aqui as coisas não funcionam assim. Aqui, você pode roubar um banco e os caixas simplesmente entregarão o dinheiro a você. Eles não chamam a polícia, nem nada. Tudo sem ansiedade e sem preocupação.”
O homem começa a reclamar. “Ah, que chato. Não quero ficar no céu,” ele diz. “Quero ir para o inferno!”
Ao que o gerente responde: “Onde você pensa que está?”
27 de abril de 2009
Mágico
Sempre eram pessoas que ficavam de mãos dadas comigo mas com um olho na estrada, vendo se alguém mais interessante passava. Engraçado quando um problema de longa data é resolvido em pouco tempo por gente de fora.
4 de abril de 2009
Dançar nem fudendo
Eu sonhei que estava numa sala com duas portas. Uma dava para um lugar cheio de pessoas que me odiavam. Da outra ia sair, em breve, alguém que eu odeio. O dilema era intenso. Fica e esperar a pessoa odiada passar ou escapar dela na outra sala? Só sei que acordei com a sensação de ter bebido uma garrafa de champanhe inteira e pensando “Mas será que era ódio mesmo?”
Me sinto inútil, patético e contagioso. Além de inferior, claro.
29 de março de 2009
Sinceramente
Sempre ouço falar que grandes escritores se inspiram em todo e nenhum lugar. Do meio do nada lhes vem uma história pronta na cabeça e tudo que eles fazem é achar um papel e escrevê-la. Eu, não sendo um grande escritor, não funciono assim.
Às vezes não sei o que quero falar e sento no computador. Abro um novo arquivo, em branco, e fico olhando para ele. Sei que tenho algo pra falar, pra tirar de mim. Olho para a janela, que fica perto do monitor. Vejo as nuvens e não raro acho que devia fotografá-las mas deixo a tarefa para depois. Algumas vezes chupo uma bala, tomo um gole de algo. E aí vem o texto. Ele chega tímido, comedido e é, provavelmente, sobre o mesmo assunto do anterior. Curioso que eles não me soem repetitivos. Cada dia é um e eu estou diferente. Minha visão é outra sobre o mesmo fato. Mas não posso deixar de observar que o núcleo duro do fato ainda é o mesmo. Fato.
Outras vezes estou à toa. Sentado em um banco do shopping olhando para uma vitrine cheia de roupas estranhas e me vem uma declaração de amor na cabeça. Uma ode a um sentimento com muitos rostos e nenhum deles perto o suficiente para ser tocado. Abro minha mochila e escrevo no caderno. Mudo pouquíssimas coisas, ele vem realmente pronto, completo e sem pedir permissão. Acho igualmente curioso isso. Sei que se ele pedisse eu não o deixaria chegar. Tenho percebido que me falta sensibilidade às coisas grandes. Passei tanto tempo exercitando-me para enxergar as pequenas que perdi a noção do tamanho do todo.
Ainda me abalo com as mesmas coisas, situações, pessoas, frases e canções. Invento diálogos e telefonemas na minha cabeça e tendo a fazer meus textos direcionados a esses rostos distantes. Secretamente, espero que sua vida seja uma merda. Mas, mais secretamente ainda, espero que ela seja ótima. E, ainda mais secretamente que isso, quero que seja comigo.
20 de março de 2009
Doce pedaço de trabalho
Eu tentava ser sensível apenas com textos e desenhos. Mas sabe quando você passa tanto tempo na piscina que, quando sai, sente como se estivesse mergulhando ainda? É isso. Se expressar por meio de alguma arte é se expressar por inteiro. Eu não divido mais as músicas que canto com a mente ou com a boca, o que falo pra mim ou para os outros. Meus valores estão claros e eu sigo. Quero ser o melhor ouvinte que houve, mas só ouvir quem merece ser ouvido.
19 de março de 2009
Em busca do Sr. Cabeça de Guardanapo
I understand feeling as small and as insignificant as humanly possible. And how it can actually ache in places you didn't know you had inside you. And it doesn't matter how many new haircuts you get, or gyms you join, or how many glasses of chardonnay you drink with your girlfriends... you still go to bed every night going over every detail and wonder what you did wrong or how you could have misunderstood. And how in the hell for that brief moment you could think that you were that happy. And sometimes you can even convince yourself that he'll see the light and show up at your door. And after all that, however long all that may be, you'll go somewhere new. And you'll meet people who make you feel worthwhile again. And little pieces of your soul will finally come back. And all that fuzzy stuff, those years of your life that you wasted, that will eventually begin to fade.
- Nancy Meyers
- Nancy Meyers
17 de março de 2009
Tem
Um que me fez sentir melhor que nunca e pior que nunca. Devastado. Mas não pra sempre. E um que, sei lá. I don't feel like I know you at all. Especialmente com essa máscara. Achei que ia chorar para sempre, mas não tenho tempo para isso. Pessoas perdem filhos e nem elas choram para sempre. É que a semelhança é incrível. Gastura. Sons.
15 de março de 2009
As flores
"As flores que você me deu estão apodrecendo, mas eu ainda me recuso a jogá-las fora. Alguns botões não abriram totalmente, talvez eles abram, e então eu espero e me mantenho acordado. Eu tenho permissão para guardar as coisas que amei"
- Regina Spektor
8 de março de 2009
Um para cada um que você arranca
Você não é um de nós ainda. Ou eu é que nunca fui um de vocês. Eu não precisava ver isso. E nem é um daqueles atos de sabotagem solitária, que você acha que se a dose for pouca o barato será controlável. Foi uma coisa inocente, inesperada e, de tão evitável, dolorosa. Eu sou mesmo uma árvore em que nascem corações...
7 de março de 2009
Doce
Meus princípios e afiliações. Sistemas de crença e valores. Ações e reações. Todo o resto indefinido. Jeans azul apertado, força interior que ninguém vê. Pergunte aos fungos do seu carpete o que eles querem da vida. Lágrimas caem quando ninguém vê. Existe mágoa que não deve ser mostrada? Não vale a pena fugir, não vale a pena esquecer, não vale a pena mentir. Mas um pouco de silêncio nunca matou ninguém. E o mesmo pode se dizer do barulho.
4 de março de 2009
Nunca mais até que
- Um dia me explica o que aconteceu?
- Não.
- Tá, eu pergunto pra alguém que sabe.
- Ninguém sabe como eu.
- Não.
- Tá, eu pergunto pra alguém que sabe.
- Ninguém sabe como eu.
Lucky light
Eu duvido que eu proteste demais. É uma questão de princípios, sabe? Não pode haver desconforto dentro nem fora. Merda de melancolia facilmente evitada ad nauseam.
24 de fevereiro de 2009
Menos é mais
Te conheço há 21 anos e não sei quem você é. Imaginei que você pudesse ficar muito revoltado e querer me bater. Depois pensei que talvez você fosse compreensivo e agisse como se nada fosse diferente (pois, de certa forma, não é mesmo). É que poucas coisas são mais chatas do que cantar a mesma música sempre da mesma maneira. E, apesar da consciência de que não é isso que está acontecendo, fica a questão. Essa maldita pausa. Não foi nada bom aquele dia. Você precisava ver. Ela chorava como se não houvesse amanhã! As lágrimas vinham de todos os lados dos olhos dela e, quando eu não agüentava mais, fui abraçá-la e ela recuou. Ela fugiu do meu abraço. Não sei se com medo ou nojo, mas ali eu vi que meu lugar não era mais com ela. Eu a amo e sei que ela me ama, mas hoje, apesar da convivência, ela está longe de aceitar isso. E é por isso que eu me permito estar nesse purgatório. O limbo é curiosamente doloroso se a reta final for o paraíso. Eu quero calma nessa jornada. Eu quero mais silêncio que música. Eu quero mais poesia que diálogo. Eu quero mais palco que fãs. Eu quero mais eu que você.
9 de fevereiro de 2009
Minha fita
A vida pode dar uma volta muita rápida. Isso me faz pensar como planejar pode ser algo inútil. Num piscar de olhos, você está sentindo outras coisas, com outras pessoas, cantando outras músicas. Esse foi um gesto tão bonito, mas se não posso ser completamente honesto sobre ele, ele perde o valor. Ou eu perco? Nâo interessa. O que importa é o próximo passo. Porque qualquer pessoa que tem sonhos sabe que toda longa caminhada começa com o primeiro passo, como dizia.. como dizia quem? Acho que Clarice Lispector disse isso. Uma autora tão injustiçada. E isso não é um elogio. Tantos bons romances resumidos a frases em comunicadores instantâneos. Que sina! Enfim, não é este o assunto. O negócio é que a gente sabe, lá no fundo, que isso aí não acabou. Os amores e estradas são simbologias para isso que negamos ser uma pausa. Mas sabemos que é. Faz muito tempo que desisti de parar de escrever com você na cabeça. Não é que eu queira você lendo, mas é a idéia do final da pausa, de que ir a diante adianta. De qualquer outra forma, seria errado. Eu sei o que você sabe e só você sabe quem eu sou – e nunca foi e talvez não será o contrário, é importante frisar. E é que eu tenho olheiras, mas não sou sombrio. Tampouco pessimista.
29 de janeiro de 2009
Caos interno
Desde pequeno existe essa coisa em mim. Do que está e do que não está em seu lugar. Quando a vida está calma, há caos. Quando está tudo um caos, está tudo organizado.
Quando eu estava feliz, meu quarto estava uma bagunça. Depois de muitos gritos da minha mãe e, eventualmente, de uma ameaça de apanhar, eu ia arrumar o lugar. Mas eu pegava as coisas do chão, da cômoda e da cama e apenas chutava para baixo de algum outro móvel. Estranho, não? E quando está tudo péssimo, sem ninguém para amar nem horizontes para olhar, o quarto está impecável, com tudo em ordem alfabética e/ou de tamanho.
Hoje eu percebi que há um meio termo. Melhor eu sair daqui e passar o final de semana longe.
Quando eu estava feliz, meu quarto estava uma bagunça. Depois de muitos gritos da minha mãe e, eventualmente, de uma ameaça de apanhar, eu ia arrumar o lugar. Mas eu pegava as coisas do chão, da cômoda e da cama e apenas chutava para baixo de algum outro móvel. Estranho, não? E quando está tudo péssimo, sem ninguém para amar nem horizontes para olhar, o quarto está impecável, com tudo em ordem alfabética e/ou de tamanho.
Hoje eu percebi que há um meio termo. Melhor eu sair daqui e passar o final de semana longe.
24 de janeiro de 2009
Rock'n'Roll
Que necessidade é essa sua de desmerecer o valor de tudo a sua volta? Para quê insistir nas idéias erradas, nas escolhas erradas, nas maneiras erradas? Você ri de mim porque eu mudei e eu fico rindo enquanto você fecha os olhos e fica em pé ouvindo os outros cantarem sobre coisas que você não acredita ou pratica. Simplesmente acho uma enorme perda de tempo fingir ser quem você não é. Não existe a maneira certa de fazer a coisa errada. E não adianta enfeitar suas alfinetadas com elogios pois, no final, suas palavras recentes não são uma coisa nem outra. Tampouco são, na verdade, sobre mim. Você só fala sobre você, então é melhor eu te dar espaço. Muito espaço. Assim o ambiente vai ter eco e você será feliz.
19 de janeiro de 2009
Aguarde
É tão complicada essa coisa de recomeçar. Sim, digo isso pois é assim que me sinto. Engraçado. Ninguém me atrai, mas todos têm algo. Todo mundo é interessante, mas ninguém está interessado. Difícil achar pessoas que coloquem borboletas na barriga e mantenham os olhos na estrada. Quem parece especial tem alguém especial do lado ou não vê nada de especial em mim. Mas não era recomeçar a palavra que queria usar, me expressei mal. Eu quero começar algo novo. Totalmente novo. Acontece que eu decidi sair do limbo e, por mais que isso possa ser desafiador, ninguém vai me chamar de pessimista agora.
11 de janeiro de 2009
Distância razoável
Em “Closer”, quando Dan insiste para que Alice admita ter transado com Larry, ele argumenta: “Eu estou apaixonado por você. Você está salva”. Mas será mesmo? Como o mesmo filme conta, o sexo é muito importante e o amor nunca é o suficiente. E isso me deprime um pouco. (...)
Eu sou muito novo, praticamente nenhuma decisão minha agora é vitalícia. Mas talvez seja a hora de pelo menos enxergar as coisas assim. Só investir no que realmente parecer valer a pena. E é aí que repousa meu mais novo dilema. Pois eu não quero mentir, mas não posso dizer a verdade. Talvez o único tipo de amor que dura seja o não correspondido.
Eu sou muito novo, praticamente nenhuma decisão minha agora é vitalícia. Mas talvez seja a hora de pelo menos enxergar as coisas assim. Só investir no que realmente parecer valer a pena. E é aí que repousa meu mais novo dilema. Pois eu não quero mentir, mas não posso dizer a verdade. Talvez o único tipo de amor que dura seja o não correspondido.
4 de janeiro de 2009
3 de janeiro de 2009
Sem motivos para o tédio
Uns dias eu quero e outros eu não. Uns dias eu sinto e nos outros eu não. Chega dessas viagens curtas. E de onde vem essas tremidas quando algum amigo pergunta por ele? Achei que ia sofrer para sempre, mas não tenho tempo para isso. Não consigo ser nada o tempo todo. Nem feliz, quiçá triste. Felicidade é uma ilusão. Eu não acredito nisso, ela vai e volta. O que pode ser eterno, o que pode ser pleno, é apenas a paz. Chega de vê-lo parado enquanto eu ando pra lá e pra cá. Chega de dizer adeus pela última vez de novo.
1 de janeiro de 2009
Bom para
Sentado vendo o nascer do sol. São seis da manhã pelo horário de verão e os passarinhos já cantam incansavelmente. Passagens de ano são festas consideravelmente mais superficiais do que deveriam ser. Talvez eu também seja mais superficial do que devia. Mas o fato é que o ano que passou foi repleto de dança e sorrisos. Houve também choros e decepções recorrentes, mas me vejo cercado dos melhores amigos do mundo toda vez que uma recaída faz menção de chegar. É estranha essa vida. Causa olheiras e deixa marcas. Quanto mais vivo, mais planos faço. E o problema do futuro é que ele vira sempre presente e te dá tapas na cara. Mas ninguém vai me chamar de pessimista agora.
Assinar:
Postagens (Atom)